quarta-feira, 11 de maio de 2011

Portugueses produzem energia para abastecer um concelho

A energia produzida nas casas portuguesas e vendida à EDP é suficiente para abastecer um pequeno concelho como Estremoz, resultado da adesão ao programa da microgeração lançado há quatro anos, mas que ainda está longe da meta anual estabelecida pelo Governo.
Os dados estatísticos disponíveis no site www.renovaveisnahora.pt indicam que a potência instalada dos equipamentos licenciados entre 2007 e abril deste ano era de de 35 Megawatts (MW), capazes de produzir a média anual de 52 Gigawatts de electricidade.
A energia produzida é suficiente para abastecer o concelho de Estremoz, com cerca de 10 mil habitantes.



2010 foi o ano em que se registou uma maior adesão da população às energias renováveis, ao registar 19 MW de potência instalada ligada, contra apenas 7 MW de 2009.
Contudo, ao fim de quatro anos Portugal não atingiu a meta estabelecida na Estratégia Nacional para a Energia 2020, 25 MW/ano de capacidade de produção instalada, indispensável para cumprir as metas europeias de combate às alterações climáticas, reduzir em 25 por cento o saldo importador energético e criar um cluster energético no sector das renováveis.
As estatísticas referentes à produção doméstica de energia em 2010 revelam que os equipamentos fotovoltaicos (solares) são os mais procurados pelos cidadãos, com 18 MW de potência já instalada, depois os eólicos (94 kilowatts), os combinados com fontes eólicas e solares (28 kw).
Sintra é o concelho do país com maior produção de energia doméstica, com cerca de 428 kw de potência instalada, sendo líder no sector fotovoltaico.
Mafra lidera na microgeração a partir da energia do vento e Serpa nos sistemas combinados de eólica e solar, com respectivamente 8,58 e 10,8 kw de potência instalada.
O programa da microgeração foi lançado pelo Governo em 2007 para fomentar a eficiência energética, uma experiência que levou o Governo a avançar em março com um programa de minigeração a pensar nas pequenas empresas, edifícios públicos, escolas ou instituições sociais, que podem instalar equipamentos com potências até 250 kw, em vez dos atuais 3,68 kw aplicadas aos particulares.

Fonte: Correio da Manhã

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