sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Portugueses ajudam a desenvolver janela inteligente para reabilitação

A Universidade do Minho, juntamente com um consórcio de fabricantes e fornecedores de janelas e sistemas de ventilação europeus, desenvolveu uma janela inteligente para a reabilitação que reduz em 20% a utilização de energia nos edifícios. A solução resulta do projecto europeu Climawin, que beneficiou do financiamento da União Europeia, e deverá chegar ao mercado em finais deste ano.

Estas janelas têm como base a recuperação de calor e destinam-se à reabilitação de edifícios residenciais e comerciais. Para o Verão, a solução apresenta a função de arrefecimento automático, permitindo a redução do recurso a sistemas de ar condicionado ou outros.

A janela pré-aquece o ar de ventilação de entrada, alimentado por células solares e é regulada de forma automática a partir de sensores nas divisões. As janelas dispõem ainda de elevado isolamento térmico, aberturas reguláveis para entrada controlada de ar, um quadro de duas camadas de vidros, filtros de ar, sistema electrónico integrado e comunicações sem fio entre os sensores da divisão e das janelas.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Governo revê fiscalidade ambiental e energética

A comissão responsável pela Reforma Fiscal Verde toma posse esta quarta-feira numa sessão presidida pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e pelo ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva.

Em comunicado enviado às redações, as Finanças avançam que "o governo decidiu promover uma revisão estrutural e coerente da fiscalidade ambiental e energética" e "promover um novo enquadramento fiscal e parafiscal, incentivando a ecoinovação e a eficiência na utilização de recursos, bem como o desenvolvimento de mecanismos que permitam a internalização das externalidades ambientais".

O objectivo da reforma é, segundo o gabinete de Maria Luís Albuquerque, o de "contribuir para a redução da dependência energética do exterior e para a indução de padrões de produção e de consumo mais sustentáveis".

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Metas da Comissão Europeia para renováveis e clima aquém das expectativas portuguesas

As novas metas apresentadas por Bruxelas na passada quarta-feira para o clima e energia até 2030 deixaram algum amargo de boca no executivo português, segundo o Portal Ambiente Online, apesar de irem ao encontro das pretensões de Portugal em algumas das propostas.

O pacote de medidas anunciado contempla a intenção de se aumentar a curto prazo em 10% a capacidade de interligações das redes eléctricas entre todas as regiões europeias, uma das reivindicações recentes do ministro do Ambiente português, Jorge Moreira da Silva, e que facilitará a venda de energia eléctrica por Portugal. Falta, contudo, a Europa comprometer-se  com metas de longo prazo, com Moreira da Silva a defender 12% de interligação até 2020 e 15% até 2030.

Já a meta das renováveis e a meta da eficiência energética ficaram muito aquém das ambições portuguesas. A proposta de Portugal, segundo Jorge Moreira da Silva, passava por “o mínimo de 40% de energias renováveis e 30% de eficiência energética”. Mas Bruxelas ficou-se por 27% de renováveis e não renovou a meta de eficiência energética, que estava nos 20% para 2020, remetendo para um diploma futuro este tema.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Governo quer mar a contribuir em 50% para o produto nacional de forma “sustentável”


O executivo adoptou esta quinta-feira em Conselho de Ministros a Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020 (ENM 2013-2020), em sequência da sua aprovação política na Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar e findo o prazo de consulta pública. Colocar o mar no centro da estratégia económica do país é um dos objectivos, com o mar a contribuir de forma "sustentável" para 50% da riqueza produzida em Portugal. 


Segundo o executivo, a ENM 2013-2020 centra-se em cinco grandes objetivos: “recuperar a identidade marítima nacional num quadro moderno, pró-activo e empreendedor; concretizar o potencial económico, geoestratégico e geopolítico mediante a criação de condições para atrair investimento e a promoção do crescimento, do emprego, da coesão social e da integridade territorial; aumentar, até 2020, a contribuição direta do sector mar para o produto nacional em 50%; reforçar a capacidade científica e tecnológica nacional; consagrar Portugal como Nação marítima e parte incontornável da Política Marítima Integrada e da Estratégia Marítima da União Europeia para a Área do Atlântico”.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

APREN favorável à exportação de electricidade renovável para a Europa

“Portugal encontra-se actualmente em condições de poder exportar electricidade renovável para a Europa, que dela tão carece”, escreve em Artigo de Opinião para o Portal Ambiente Online António Sá da Costa, presidente da APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis, “mas não o pode fazer pois as interligações da Península Ibérica com a Europa são muito limitadas”.

António Sá da Costa relembra no artigo que “segundo os critérios estabelecidos para o sector, um verdadeiro mercado europeu interno da energia só funcionará devidamente se as interligações da Península à Europa forem da ordem de grandeza de 10% da potência instalada na Península, isto é 12 GW”. Contudo, diz o especialista, a interligação existente actualmente pouco passa de 1 GW.

O Presidente da APREN recorda ainda os esforços que os sucessivos governos portugueses têm feito para impor em Bruxelas um calendário vinculativo para o desenvolvimento de novas ligações entre a Península Ibérica e o resto da Europa, porém questiona o sucesso do esforço diplomático e denuncia os “poderosos lobbies das grandes eléctricas europeias [que] tentam asfixiar esta acção”. “Também no sector da electricidade existe quem não nos queira ver levantar a cabeça e tudo fará para nos contrariar”, escreve o presidente da APREN.

Recorde-se que o ministro do Ambiente e da Energia formalizou na semana passada junto da Comissão Europeia uma proposta para que os Estados-membros sejam obrigados a ter interligações de electricidade equivalentes a 25% da sua capacidade de produção, de modo a permitir um maior aproveitamento do potencial renovável de alguns países, como Portugal.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Portugal propõe meta de 25% para exportação de energia renovável na UE


O ministro do Ambiente e da Energia formalizou esta semana junto da Comissão Europeia uma proposta para que os Estados-membros sejam obrigados a ter interligações de electricidade equivalentes a 25% da sua capacidade de produção, de modo a permitir um maior aproveitamento do potencial renovável de alguns países, como Portugal.


Para o ministro português, Jorge Moreira da Silva esta meta vinculativa deveria ser uma realidade até 2030, de forma a aumentar a exportação de energias renováveis de países como Portugal e Espanha, mais abundantes em sol e vento. 

A exportação de electricidade renovável não é uma realidade estranha a Portugal, que o faz regularmente para Espanha em períodos em que a fonte eólica é abundante e existem excedentes de produção. Porém, com interligações deficientes entre Portugal e Espanha, a península ibérica surge isolada do resto da Europa.   
Com a fixação de metas, Portugal passaria a ter um melhor aproveitamento do seu potencial de energias renováveis, que de acordo com o Público, é quatro vezes superior à capacidade eólica a actualmente instalada (perto de 5 gigawatts).

Actualmente Portugal já exporta electricidade para Espanha, sobretudo em momentos em que o recurso eólico é abundante e excede as necessidades de consumo nacional. Contudo, a fraca capacidade de interligação eléctrica entre Espanha e França tem deixado a Península Ibérica relativamente isolada do resto da Europa, diminuindo a capacidade da região ibérica de explorar mais os seus recursos renováveis.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Auto-consumo já é possível com portaria que passou despercebida

A aprovação de projectos de autoconsumo, em paralelo com a rede, até 1MWn é já possível desde Julho de 2013, data da publicação da Portaria da Comunicação Prévia (nº237 de 24 Julho 2013), na qual se assegura o licenciamento simplificado para unidades de produção em autoconsumo. O diploma passou, aparentemente, despercebido e não era do conhecimento do sector.

A informação foi ontem tornado pública em comunicado enviado às redações pela Associação Portuguesa de Empresas do Sector Fotovoltaico (APESF), após uma reunião com a  Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG). Segundo esta entidade, as dificuldades para a aprovação de projectos sem injecção de potência à rede foram “ultrapassados” com esta portaria.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Quase 60% da electricidade consumida em 2013 foi renovável


Portugal bateu recordes em 2013 no que toca à energia renovável: 58,3% da energia eléctrica consumida no ano passado foi produzida por fontes renováveis, o que representa um aumento de 20% em relação ao ano anterior. Esta variação permitiu diminuir a electricidade importada em 2,8 vezes, segundo a Quercus.


A associação ambientalista, que cita os dados mais recentes da produção de electricidade em Portugal Continental publicados pela Redes Energéticas Nacionais (REN), nota que, 
Foto: Rui Ochôa
considerando apenas a produção nacional, a contribuição das renováveis chegou ao “valor recorde” de 61,7% da electricidade consumida.

A diferença entre os valores de 2012 e de 2013 está relacionada com a meteorologia: 2012 foi um ano muito seco, 58% abaixo da média, segundo a Quercus. Em contrapartida, 2013 foi “relativamente húmido”, 17% acima da média. Por isso, a produção de electricidade renovável da grande hídrica, com recurso às barragens, mais do que duplicou no ano passado.

Também o vento soprou mais forte em 2013, levando a um aumento de quase 20% na produção de electricidade a partir desta fonte. “Na fotovoltaica, o aumento da capacidade instalada permitiu um aumento de 25% em relação a 2012, apesar de ainda não ter atingido 1% do consumo, o que revela um enorme potencial de crescimento”, nota a Quercus, num comunicado assinado também pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis (Apren).

Fonte: Ecosfera


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Iberdrola 'rouba' a EDP liderança no mercado industrial de electricidade

A EDP perdeu em Novembro a liderança no abastecimento de electricidade a consumidores industriais, caindo do primeiro lugar para a terceira posição em apenas um mês e abandonando o domínio que já tinha há mais de um ano.

Segundo os últimos dados da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) sobre o mercado liberalizado de electricidade, a EDP Comercial terminou o mês de Novembro com uma quota no mercado industrial de 28,8%, abaixo dos 30,2% da Endesa e dos 31% da Iberdrola.

A surpresa esteve na Iberdrola, que reforçou a quoto de clientes industriais em 3,5 pontos percentuais. Já a Endesa manteve a sua posição estável.

Apesar desta descida, a EDP continua a dominar no mercado doméstico, mantendo a liderança no total de abastecimento do mercado livre. Assim, em número de clientes, a quota da EDP manteve-se em Novembro nos 83,7%, tendo a Endesa caído de 8% para 7,7%. Já a Galp consolidou a terceira posição, com a sua quota de clientes a passar de 5% para 5,1%. Segundo a ERSE, a Iberdrola surge em quarto lugar, com 2,8%, seguida da Gas Natural Fenosa, com 0,7%.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

PPEC 2013-2014: homologação das medidas aprovadas

Foi ontem publicada a homologação final das medidas aprovadas no âmbito do PPEC 2013-2014, através do Despacho n.º 423 /2014, de 9 de janeiro.

Foram consideradas elegíveis ao concurso do PPEC 2013-2014, 207 medidas apresentadas por 65 promotores, no valor total de cerca de 58,8 milhões de euros. Os custos candidatos ao PPEC das 121 medidas intangíveis elegíveis atingem o valor de 28,2 milhões de euros. Os custos candidatos ao PPEC das 86 medidas tangíveis elegíveis atingem o valor de 30,6 milhões de euros. Destas 86 medidas tangíveis elegíveis, tendo em conta as regras do PPEC, as medidas finais a seriar foram 75.

A AMES tem duas medidas aprovadas, "Master Watt" e "Planos Municipais de Iluminação Pública", para além das diversas medidas em que participará como entidade associada.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Amb3E sensibiliza jovens para a reciclagem de REEE

O Projeto POW – Dá Power ao Electrão, promovido pela Amb3E – Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos, pretende sensibilizar os jovens de todo o país para a importância do encaminhamento dos Resíduos dos Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) através dos Pontos Electrão, permitindo assim o seu tratamento e reciclagem. Esta primeira fase dp concurso, cujo tema foi “Faz-te aos REEE lá de casa”, contou com um total de 261 participações, visualizadas mais de 38 500 vezes.

O vídeo “O Comando Voador”, de Gabriel Gomes, de Viseu, foi o vencedor da primeira fase do projeto. Na competição das escolas,  o prémio foi para o Agrupamento de Escolas Nuno Álvares de Castelo Branco com o vídeo “Da sucata ao novo”.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Tarifas de Micro e Minigeração 2014

Por despacho do Director Geral de Energia e Geologia, foram publicadas as tarifas a atribuir aos projetos de Micro e Minigeração no ano de 2014: a tarifa para a microprodução com energia solar fotovoltaica reduz-se em cerca de 43%, relativamente aos valores atribuídos em 2013, passando a 0,06€/kWh nos primeiros 8 anos, e 0,145€/kWh nos 7 anos seguintes, numa quota anual de potência disponível de 11,45 MW; quanto à Minigeração, a tarifa será de 0,106€/kWh durante 15 anos, numa potência disponível anual de 30,35 MW.


O recente despacho da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG) que trouxe cortes nas tarifas a atribuir aos novos projetos de microgeração a partir de Janeiro de 2014 provocou uma reacção violenta do sector fotovoltaico. A Associação Portuguesa das Empresas do Sector Fotovoltaico (APESF) e a Associação Portuguesa da Industria Solar (Apisol) já pediram publicamente a intervenção do ministro do Ambiente para que os diplomas possam ser revistos com a maior urgência possível.

Para a APESF, “as novas tarifas ameaçam condenar o sector fotovoltaico à inactividade em 2014 através de uma tomada de decisão claramente discriminatória para com a tecnologia solar fotovoltaica”, lê-se no comunicado da Associação a que o Portal Ambiente Online teve acesso.

Já a Apisol, mantendo o tom de “indignação”, denuncia que “a Secretaria de Estado de Energia e a DGEG têm brindado o sector e o país com um conjunto de diplomas avulsos, que apenas têm conseguido minar a confiança do mercado e provocado a destruição contínua de postos de trabalho”.

Desde o início do ano, o investimento em novos equipamentos de micro-produção de eletricidade a partir de energia fotovoltaica passou a ter uma remuneração muito inferior àquela que vigorou até ao final de 2013.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Aura Light distinguida no Topten

A empresa de iluminação multinacional Aura Light, com instalações na Terrugem, viu distinguidas 27 referências de lâmpadas do seu portfólio de produtos por parte do projecto Topten em Portugal, cujo objetivo é divulgar os equipamentos energeticamente mais eficientes à venda no mercado nacional.

“É com orgulho e satisfação que a Aura Light vê 27 dos seus produtos serem distinguidos pelo prestigiado e reconhecido projeto a nível mundial, TopTen. A Quercus reconhece assim a qualidade e eficiência destes produtos e premeia o esforço que a Aura Light desenvolve desde 1930 em soluções sustentáveis de iluminação, diz Alberto Vanzeller, manager da Aura Light em Portugal.

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