quarta-feira, 28 de julho de 2010

EcoConselho - Redução no consumo de energia

Segundo a DGEG (Direcção Geral de Energia e Geologia), em 2008, a dependência de Portugal em termos de importação de energia foi de 82%. A produção interna baseou-se, exclusivamente, em fontes de energia renováveis, fundamentalmente hídrica e eólica, tendo esta produção crescido 45% desde 1990.

Algumas medidas de eficiência energética são amplamente conhecidas por serem do senso comum, por exemplo, apagar a luz quando não estamos numa divisão da casa. Outras, são alcançadas por desenvolvimentos tecnológicos e não são do conhecimento geral, por exemplo, a possibilidade de produzimos energia na nossa casa. Os países serão mais competitivos à medida que aumentarem a sua eficiência energética, consumindo menos energia por unidade de produto realizado ou de serviço prestado.

O sector residencial, com cerca de 3,3 milhões de edifícios, contribuiu com 17% do consumo de energia primária em termos nacionais, representando cerca de 29% do consumo de electricidade, o que evidencia, desde logo, a necessidade de moderar especialmente o consumo eléctrico. Na figura abaixo podemos verificar a repartição do mesmo nas nossas habitações:

Como reduzir o consumo energético

  • Comprar um equipamento eficiente é fácil de identificar, graças à etiqueta energética. Os equipamentos com a etiqueta energética A, A+ ou A++ são os mais eficientes e, ao longo da sua vida útil, poderão trazer poupanças significativas na factura de electricidade. É muito importante escolher um electrodoméstico adaptado às nossas necessidades: não basta que seja eficiente, mas também que tenha o tamanho e desempenho ajustado ao que precisamos. Por exemplo, um frigorífico de classe A de 300 litros de capacidade pode gastar mais electricidade do que um de 100 litros de classe G. O frigorífico e a televisão são os electrodomésticos de maior consumo global, apesar de terem potências unitárias inferiores a outros electrodomésticos, tais como as máquinas de lavar roupa, loiça ou o ferro eléctrico.


  • O aquecimento central colectivo é, do ponto de vista energético e económico, um sistema muito mais eficiente que o de aquecimento individual. As válvulas termostáticas em radiadores e os termostatos programáveis são soluções práticas, fáceis de instalar e que podem amortizar rapidamente o investimento realizado através de importantes poupanças de energia (entre 8% e 13%). Ao reduzir a posição do termostato para os 15ºC (o modo de “economia” de alguns modelos corresponde a esta temperatura) quando ausentar por umas horas; não espere que os aparelhos se degradem. Uma manutenção adequada da caldeira individual poupar-lhe-á até 15% em energia.

  • Os equipamentos informáticos com etiqueta Energy Star têm a capacidade de passar ao modo de baixo consumo (estado de repouso) passado algum tempo de não estarem a ser utilizados, permitindo, deste modo, um consumo energético de apenas 15% do normal. Os ecrãs LCD poupam cerca de 37% de energia em funcionamento e cerca de 40% em modo de espera. Devem ligar-se vários equipamentos informáticos a uma ficha múltipla com botão de ON e OFF. Ao desligar este botão, desligaremos automaticamente todos os aparelhos, poupando energia.

  • A iluminação representa cerca de 20% da electricidade que consumimos em casa. As lâmpadas convencionais incandescentes só aproveitam em iluminação cerca de 5% da energia eléctrica que consomem, sendo os restantes 95% são transformados em calor, sem aproveitamento luminoso. Substituir as lâmpadas incandescentes pelas de baixo consumo permite poupar até 80% de energia, durando 8 vezes mais. Utilizar lâmpadas tubolares fluorescentes onde seja necessária luz por muitas horas, como por exemplo, na cozinha, e, sempre que possível, utilizar luz natural, prefirir cores claras nas paredes e tectos, e não deixar luzes acesas em divisões que não estão a ser utilizadas. Na figura seguinte podemos constatar um caso prático:

Muitas outras dicas e sugestões aqui.

Fonte: Guia da Eficiência Energética, Adene, 2010

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