segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

APVGN: «Estamos a usar o gás natural de forma um tanto tola»


Qual é a alternativa, quando se quiser substituir os 80 milhões de litros de combustíveis petrolíferos que existem no mundo? Para Jorge Figueiredo, presidente da APVGN – Associação Portuguesa dos Veículos a Gás Natural, a resposta é clara e reside, claro está, no gás natural. «É a única que pode ser generalizada a curto prazo, que está tecnologicamente madura e que pode no imediato substituir os combustíveis petrolíferos», reforça o responsável ao AmbienteOnline.

O responsável explica que uma das vantagens da transição dos combustíveis petrolíferos líquidos para o gás natural é que são exactamente os mesmos motores. «Na Europa não é preciso adaptar porque já todas as grandes fábricas já produzem veículos a gás natural, tanto pesados como ligeiros». E sublinha alguns exemplos do sucesso da introdução de veículos de gás natural: é o caso da Alemanha, que já tem 900 postos de abastecimento de gás natural comprimido; a Suécia, que já tem milhares de veículos a gás natural; e o Irão, que já tem mais de dois milhões de veículos a gás natural.

Já existem, inclusivamente, projectos europeus dos corredores azuis que vão cortar a Europa no sentido horizontal , da Rússia até ao Atlântico, com postos de carregamento gás comprimido ou liquefeito em todo o caminho, para tráfego pesado e de camionagem - BlueHighway.

«Temos a benesse de ter gás natural e estamos a usá-lo de forma um tanto tola. Recebemos em fase liquefeita e gasificamos e injectamos na rede. Perdemos o que é bom no gás natural, que é a densidade energética. Podíamos aproveitar mais mais utilmente este enorme potencial energético, que temos», defende o responsável, acrescentando que Portugal está atrasadíssimo nesta matéria.

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