quarta-feira, 7 de março de 2012

Factura energética mais pesada, à conta da seca

Sem chuva, não há produção hidroeléctrica que aguente. As consequências imediatas da seca meteorológica, que pôs todo o território continental nacional sob seca “severa” ou “extrema”, também se dão ao nível da energia e das importações fósseis. Num Janeiro rotineiro, a produção de origem hídrica costuma representar entre 40 e 50 por cento do consumo eléctrico. Ora, este ano essa fatia desceu para 10 por cento.


Segundo fonte oficial da EDP, a produção hidroeléctrica caiu cerca de 80 por cento em Janeiro e Fevereiro, comparada com o ano anterior. «A baixa produtividade dos meses em questão não só reflecte uma muito reduzida pluviosidade como também alguma prudência na exploração dos centros electroprodutores hídricos, por forma a manter sempre em níveis confortáveis as albufeiras com maiores responsabilidades no abastecimento de águas às populações», refere a empresa.


Os números confirmam a tendência de “liderança” da produção de fonte fóssil no mix eléctrico nacional. As grandes centrais térmicas representaram, em Fevereiro, 42,8 por cento na produção nacional. Um valor acima das médias anuais desta forma de produção: 37,9 por cento em 2011 e 32,8 por cento em 2010. E nem a eólica tem bastado para aguentar a balança energética. Actualmente a produção eólica representa cerca de 18 por cento do consumo, estando abaixo dos valores médios.

Fonte: AmbienteOnline

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