segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sabia que... #9

...a IV Conferência Ministerial Euro-Mediterrânica sobre a Água, que decorreu este mês em Barcelona e onde deveria ser adoptada uma nova estratégia para a gestão dos recursos hídricos, resultou num “falhanço” devido a um diferendo quanto à nomenclatura utilizada para designar os territórios palestinianos ocupados?
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Pierre Lellouche, secretário de Estado francês para os Assuntos Europeus, deixou claro que os países estiveram de acordo em 99 por cento das questões técnicas relacionadas com a gestão da água no Mediterrâneo. E lamentou o que aconteceu na conferência: “O acesso à água não deveria ser uma fonte de tensão porque a água é um factor essencial para a vida, de desenvolvimento e de paz”.
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A Água
Sendo o elemento mais abundante do planeta e o constituinte essencial à vida como a conhecemos, é, tembém, fonte de conflitos bélicos e causa de milhões de refugiados. Apenas 2,5% está disponível para nosso uso sob a forma de água doce, estando a maior parte cativa nos Oceanos, sendo o abastecimento público de água feito a partir principalmente das águas subterrâneas. Estas representam cerca de 95% das reservas de água doce exploráveis do globo (Fonte: APRH, 2009), devido à sua qualidade superior, e mais de metade da população mundial depende das mesmas.
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Apesar de os consumos per capita estarem agora estabilizados, o ritmo de crescimento populacional e o aumento da poluição que leva à diminuição da qualidade da água ameaçam a sustentabilidade deste recurso natural, sem dúvida o mais básico factor de desenvolvimento. Estima-se que actualmente se esteja a utilizar cerca de 55% da água doce disponível (Fonte: EEA, 2009). No Verão de 2008 o Chipre simplesmente ficou sem água, assolados por uma das piores secas da sua história moderna. Na mesma altura, Barcelona experimentou a seca grave e as medidas de urgência levaram à importação de água potável através de navios-cisterna. Mais perto, o Algarve já se "habituou" à falta de água na época alta de turismo.
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Neste contexto, impõe-se uma mentalidade de uso eficiente da água, começando nos grandes consumidores como a agricultura que, segundo a Agência Europeia do Ambiente, é responsável por 60 % da captação total de água na Europa do Sul, valor que atinge 80% em certas zonas, e acabando em cada um de nós, nos nossos usos diários deste recurso natural, ao qual já designaram de "petróleo do século XXI".
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Algumas medidas ao nosso alcance
Sabia que uma descarga de autoclismo num país desenvolvido consome um volume de água (cerca de 10 litros) equivalente ao que é em média utilizado diariamente por uma pessoa num país em desenvolvimento? Algumas práticas no nosso dia-a-dia poderão levar a uma substancial poupança de água, reflectindo-se na conta bancária, tais como:
  • descargas menores e menos frequentes;
  • colocação de uma garrafa no depósito;
  • autoclismo com dupla descarga;
  • reaproveitamento da água a aquecer para o duche ou da lavagem de alimentos;
  • lavar o carro com balde e esponja em vez de mangueira faz uma diferença enorme; e se for com água da chuva, melhor, que pode também ser reaproveitada para outros fins.
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