"O relatório da OCDE para Portugal, no que ao ambiente e energia diz respeito, recomenda a implementação de uma reforma do sistema fiscal, através da aplicação de impostos “ambientais” como forma de promover o “ greening growth” e contribuir para a consolidação fiscal. A ideia é simples, em vez de se atribuírem benefícios a quem não polui, o que custa dinheiro ao Estado, pune-se quem polui, pela aplicação do princípio do poluidor pagador.
O problema é que, sobretudo na época de crise financeira em que atravessamos, ao poder político é sempre mais fácil justificar politicas de efeitos imediatos do que tratar de algo cujas consequências são futuras. (...) Com os problemas que atravessamos colocar os efeitos imediatos da crise ao mesmo nível de um problema com consequências futuras, não é seguramente tarefa fácil.
(...)
Por outro lado, medidas como estas são estruturais e, para serem eficazes, têm que ultrapassar os ciclos eleitorais, sobretudo ao nível energético cujos investimentos são longos no tempo.
O exemplo Dinamarquês é paradigmático. A introdução de impostos verdes, durante uma década, foi um importante factor dinamizador da economia, contribuiu para a sua descarbonorização e fez reduzir a carga fiscal sobre o trabalho.
Para isso há que criar consensos. O momento que atravessamos a isso obriga, nunca foi exigida tanta “sintonia” entre governo e cidadãos. Seria bom que os partidos aproveitassem essa dinâmica e criassem um “ Consenso Ambiental”. Porque há “vida” para além da troika. O futuro agradece…"
Ivone Rocha, 15/06/11
O problema é que, sobretudo na época de crise financeira em que atravessamos, ao poder político é sempre mais fácil justificar politicas de efeitos imediatos do que tratar de algo cujas consequências são futuras. (...) Com os problemas que atravessamos colocar os efeitos imediatos da crise ao mesmo nível de um problema com consequências futuras, não é seguramente tarefa fácil.
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Por outro lado, medidas como estas são estruturais e, para serem eficazes, têm que ultrapassar os ciclos eleitorais, sobretudo ao nível energético cujos investimentos são longos no tempo.
O exemplo Dinamarquês é paradigmático. A introdução de impostos verdes, durante uma década, foi um importante factor dinamizador da economia, contribuiu para a sua descarbonorização e fez reduzir a carga fiscal sobre o trabalho.
Para isso há que criar consensos. O momento que atravessamos a isso obriga, nunca foi exigida tanta “sintonia” entre governo e cidadãos. Seria bom que os partidos aproveitassem essa dinâmica e criassem um “ Consenso Ambiental”. Porque há “vida” para além da troika. O futuro agradece…"
Ivone Rocha, 15/06/11
Fonte: Oje
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