sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Projecto Bio+Sintra





A Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML) viu prolongado, pela Comissão Europeia, o seu projecto Bio+Sintra, comparticipado pelo Programa LIFE. A sociedade de capitais públicos terá mais um ano para desenvolver o seu projecto, co-financiado na área de Informação e Comunicação, que visa sensibilizar os visitantes para a necessidade da redução da pegada de carbono e dessa forma contribuir para o aumento da biodiversidade na serra sintrense.

A paisagem cultural de Sintra está classificada como património mundial pela UNESCO desde 1995. A área distinguida inclui parte do centro histórico e da serra, mas a classificação inclui ainda uma “zona tampão”, que se estende até ao litoral, destinada à preservação da envolvente paisagística dos principais parques históricos e monumentos geridos pela sociedade constituída por organismos do Estado e pelo município. O projecto LIFE, aprovado em 2009, visa a sensibilização dos visitantes para a necessidade de diminuição das emissões de dióxido de carbono, um dos principais gases com efeito de estufa, e para a salvaguarda das espécies e habitats locais.

Segundo os objectivos do projecto, orçado em 995.514 euros e comparticipado pela União Europeia em 440.257 euros, as campanhas de educação ambiental envolvem a criação de 25 grupos de trabalho em escolas da região, com um total de meio milhar de alunos. Uma centena de cidadãos de associações locais e 25 empresas da zona são também convidados a promover acções de compensação de emissões de carbono e perda de biodiversidade. Numa área de 900 hectares, incluída na rede Natura 2000, situam-se os parques e palácios da Pena e de Monserrate (na foto), o Castelo dos Mouros, o Convento dos Capuchos e o Palácio Nacional de Sintra. Por isso, o projecto visa também reduzir, através da adopção de boas práticas, cerca de 10 por cento da pegada ambiental dos 1,6 milhões de visitantes anuais.

O prolongamento do projecto permitirá divulgar um novo sistema de energias renováveis na Quintinha de Monserrate. A adopção de painéis solares, um aerogerador eólico e uma hidro-turbina permite, garante Inês Moreira, “produzir toda a electricidade necessária para a quintinha funcionar, sem depender da rede” pública de abastecimento de energia. Esta auto-suficiência energética possui vantagens ambientais e económicas.

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