terça-feira, 13 de setembro de 2011

Escolas aquecidas a Biomassa

Aqui está uma medida inteligente. Aproveitar um resíduo regional como substituto de um combustível fóssil, neste caso o gás natural.


O Município de Paredes é um dos municípios de referência no que ao fabrico de mobiliário diz respeito, representado 65% da produção nacional. Como tal os resíduos de madeira gerados por esta indústria não são desprezíveis.


Numa altura em que o IVA do gás natural aumentou significativamente e as autarquias vivem dificuldades financeiras diariamente, esta é uma excelente medida para contrariar as adversidades. Segundo o jornal Público, os resíduos de madeira são cedidos pelas diferentes fábricas de Paredes e transformados em briquetes – pedaços de madeira aglomerada com elevado poder calorífico, que usados como combustível em caldeiras de aquecimento a biomassa constituem uma alternativa ao gás natural no aquecimento do parque escolar ou outro tipo de equipamento municipal.


O vice-presidente da Câmara de Paredes, também vereador da Educação, Pedro Mendes, explicou que, com este sistema, “único no país”, a autarquia deixou de ter, praticamente, despesas no aquecimento das escolas abrangidas. Com o recurso aos briquetes nos três centros escolares em funcionamento desde o ano passado, a autarquia conseguiu poupar, no último ano lectivo, 300 mil euros. Abrem mais dois centros neste ano lectivo e Jorge Rodrigues prevê que, em 2013, quando estiverem abertos os restantes centros escolares, a poupança na factura energética atinja o milhão de euros por ano.


Sem dúvida um exemplo que poderá ser replicado noutros locais do país, com o aproveitamento de resíduos florestais, ou resíduos da indústria da madeira.

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