segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Ex-governantes falam sobre situação na energia

Henrique Gomes diz que o Governo está a cortar nas rendas da energia menos do que o anunciado, que o défice tarifário “está descontrolado” e que o Executivo não vai cumprir o compromisso de não aumentar os preços da energia em mais de 1,5%. O ex-secretário de Estado da Energia acusa o Governo de estar a dar números referentes a cortes nas rendas da energia que não são reais, num artigo de opinião publicado esta quinta-feira no Negócios.

“O Governo tem dito que em resultado das negociações com os produtores cortou um pouco mais que 2.000 milhões de euros. A verdade é que, retirando 400 milhões de euros relativos à Garantia de Potência, os cortes até 2020 não ultrapassarão os 900 milhões de euros. Destes, 600 milhões de euros são relativos à cogeração, 110 milhões de euros aos CMEC, 120 milhões de euros à eólica (com contrapartidas para além de 2020) e os restantes 70 milhões de euros à mini-hidrica. Os excessos não foram eliminados. O incumbente permaneceu praticamente intocado!”, acusa.


Mira Amaral: “Voltaram a abrir-se garrafas de champanhe na EDP”

Ministro do Ambiente e Energia, Moreira da Silva, representa lóbi ambiental e radicalismo do CO2, diz ex-governante. O presidente do BIC arrasa a nomeação de Jorge Moreira da Silva para o Ministério do Ambiente e da Energia. Além de discordar da junção destas duas pastas, que considera antagónicas, Mira Amaral pensa que Moreira da Silva apresentará uma política assente nas energia eólica e solar e naquilo que designa por fundamentalismo do CO2, esquecendo a política de reindustrialização e a necessidade de fazer descer o preço da energia. Quanto ao BPN, o banqueiro não assegura que o valor das indemnizações que o Estado terá de pagar por actos da gestão de Oliveira Costa se fique pelos 153 milhões de euros admitidos pela ministra das Finanças.

Fonte: ionline

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