sexta-feira, 30 de agosto de 2013

"Mini eléctricos" circulam a pedaladas e energia solar


Uma empresa alemã lançou, em Julho, um veículo inovador que mistura caraterísticas que lembram tanto uma bicicleta como um eléctrico (ou até mesmo um comboio), mas não é nenhum dos três. As pequenas carruagens, que se movem com recurso à energia solar e às pedaladas dos passageiros, estão a despertar a curiosidade de habitantes e turistas.

Os primeiros exemplares da criação da companhia Mobikon Tech, que recorrem a uma tecnologia denominada SolarDraisine, foram testados o mês passado, cumprindo o percurso entre as cidades de Mörlenbach e Wald-Michelbach, na Alemanha, noticia a AFP. 

Os veículos amarelos, cujo tejadilho está coberto de painéis solares, movem-se ao longo de carris, circulando, atualmente, em vias férreas desativadas. De acordo com o site oficial da Mobikon, "a combinação da energia solar e muscular proporciona um novo tipo de experiência de condução", além de permitir "tanto a jovens como a idosos" tomar as rédeas destas viagens ecológicas.


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Região Oeste: Cooperativa de fruta aposta nas renováveis

Uma cooperativa de produtores de fruta e hortícolas em Aljubarrota instalou um sistema fotovoltaico, já em produção plena de energia, numa média anual de 380 MWh, suficiente para alimentar as necessidades de 110 habitações. A Cooperfrutas dedica-se à conservação, embalagem e comercialização de frutas como a pêra-rocha e a maçã de Alcobaça.

O investimento, para João Pereira da Silva, responsável pela área de gestão e projectos da cooperativa, representa "uma franca aposta na sustentabilidade”. A mesma fonte, numa nota à comunicação social, justifica a medida com o facto de a Cooperfrutas, com mais de uma centena de produtores associados, “viver da terra e saber o quanto é importante cuidar dela". No entanto, admite, “não seria viável fazer um investimento desta natureza se o retorno não fosse atractivo."

O sistema de 290 kWp instalado em Aljubarrota evita emissões anuais de 85 toneladas de CO2, o equivalente à plantação de uma floresta com a dimensão aproximada de 19 estádios de futebol.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Nova Regulamentação Térmica já tem formato legal

A nova Regulamentação Térmica já tem formato legal. O decreto-lei (DL) 118/2013 foi publicado no passado dia 20 de Agosto e coloca na lei portuguesa a revisão do Sistema de Certificação Nacional (SCE), Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Habitação (REH) e Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Comércio e Serviços (RECS).

O documento destaca-se pela agregação num só diploma dos três regulamentos, compondo desta forma “uma reorganização significativa que visa promover a harmonização conceptual e terminológica e a facilidade de interpretação por parte dos destinatários das normas”, e pela clarificação dos âmbitos de aplicação dos regulamentos REH e RECS, sendo este último direccionado para os edifícios de serviços e comércio e o anterior exclusivamente para os de habitação. A simplificação pretendida com a junção dos regulamentos e a sua aplicação ficam, no entanto, comprometidas até à publicação de despachos que a enquadram e das respectivas portarias com a definição de estratégias e metodologias. Esta questão deverá estar resolvida até 1 de Dezembro, altura em que o DL entra em vigor e para que possa ser aplicado.

A elaboração do diploma esteve desde o início envolta em muita controvérsia, com receio de que as novas condições não estivessem em conformidade com o que é exigido pela revisão da Directiva Europeia para o Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD) ou viessem a ser tomadas decisões que colocassem Portugal em retrocesso no que se referem às boas práticas ao nível da eficiência energética nos edifícios.

O documento confirma algumas das irregularidades que foram antecipadas pelos profissionais do sector, em particular a obrigatoriedade da certificação energética nos edifícios públicos. Segundo a directiva, a certificação deverá aplicar-se a todos estes edifícios com área superior a 500 m2 que forem ocupados pelo Estado. No entanto e de acordo com o DL, esta obrigatoriedade não é tida em conta e remete-nos apenas para os edifícios “que sejam propriedade de uma entidade pública e tenham área útil de pavimento ocupada por uma entidade pública e frequentemente visitada pelo público superior a 500 m2 ou, a partir de 1 de Julho de 2015, superior a 250 m2”.  A garantia da independência dos profissionais responsáveis pela certificação é também posta em causa com o novo decreto, uma vez que passa a ser suficiente um termo de responsabilidade do técnico responsável pela construção e obra. 

Do lado das dificuldades que podem comprometer a qualidade das instalações e a eficiência energética nos edifícios, tal como antecipado, os Técnicos Responsáveis pela Manutenção e Instalação (TRF) deixam de existir, passando a ser o Técnico de Instalação e Manutenção (TIM, Lei n.º 58/2013) a assegurar as suas funções. A este técnico não é exigida nenhuma formação específica ao contrário das competências necessárias ao TRF.

No que se refere à qualidade do ar interior (QAI), confirma-se a eliminação das auditorias, “considerando-se da maior relevância a manutenção dos valores mínimos de caudal de ar novo por espaço e dos limiares de protecção para as concentrações de poluentes do ar interior, de forma a salvaguardar os mesmos níveis de protecção de saúde e de bem-estar dos ocupantes dos edifícios”.

Os regulamentos, reunidos agora num único documento legal, substituem os anteriores Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios, Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios e Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Japonês inventa conversor de plásticos em óleo


Um homem japonês inventou uma máquina que transforma resíduos plásticos em óleo através da pirólise. A pirólise é uma decomposição termoquímica da matéria orgânica a temperaturas elevadas, sem oxigénio, e que envolve a alteração simultânea da composição química e da fase física.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Notícias soltas #33

Quem consome mais energia por ano? Um frigorífico ou um iPhone? A acreditar no mais recente relatório, a resposta certa é... o iPhone. Segundo a Time, um iPhone consome mais energia anualmente que um frigorífico: 361 kW-hora por ano, contra os 322 kW-hora por ano de um frigorífico. Os cálculos são de Mark Mills, CEO da Digital Power Group, uma empresa de tecnologia e aconselhamento de investimentos. Mills chega a este valor depois de adicionar ao consumo dos smartphones tudo o que gravita em seu redor, incluindo ligações sem fios, dados processados na “nuvem” e o carregamento da bateria do aparelho.

O iPhone é só um exemplo dos muitos aparelhos que constituem a chamada economia digital, um ecossistema constituído por smartphones, televisores digitais, mas principalmente os vastos conjuntos de servidores que alimentam a Internet, a “nuvem” e muitos dos modernos aparelhos de que aprendemos a depender.

Após concluir com sucesso um período de testes, entrou na semana passada em funcionamento a fábrica da Helius Energy, avaliada em €70 milhões e que transforma os subprodutos de whisky em energia e calor. Localizada em Rothes, na Escócia, a fábrica utiliza os subprodutos das destilarias nas proximidades para produzir energia renovável e um produto líquido de ração animal, conhecido como Pot Ale Syrup. A instalação de 8.23 MW produziu pela primeira vez electricidade em Janeiro, antes de ser inaugurada em Abril. Desde então, têm sido levados a cabo ensaios para perceber o real desempenho da fábrica, revela o Business Green.

A fábrica foi agora oficialmente entregue à CoRD – numa parceria entre a Helius Energy, o Rabo Project Equity e a Combination of Rothes Distillers Limited (CoRD), com vista à operação comercial do espaço. A CoRD estima que a fábrica produzirá energia suficiente para abastecer 9.000 casas e poupar cerca de 46 mil toneladas de CO2 por ano, em comparação com uma fábrica a carvão do mesmo tamanho. Estão previstas reduções anuais adicionais das emissões em 18 mil toneladas para quando a fábrica substituir uma instalação de gás existente. Em comunicado, a CoRD afirmou que vai continuar a explorar “oportunidades para aumentar os resíduos de destilarias processados ​​pelo projecto”.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Microgeração prolongada até Setembro

A DGEG publicou o Despacho de 9 de Agosto que define que irão realizar-se duas novas sessões mensais (Agosto e Setembro), que confirma o prolongamento de atribuição de potência no âmbito da Microgeração, no máximo até final de Setembro, com vista a esgotar o saldo remanescente de 2,35MW. Depois de Setembro só haverão novos registos/licenças em Janeiro de 2014, com uma tarifa mais baixa. 

Entende-se por microgeração fotovoltaica a actividade de produção descentralizada de eletricidade até 5,75 kW através de energia solar. Toda a electricidade produzida é entregue à rede pública, contra remuneração bonificada, na condição de que exista consumo efectivo de electricidade no local da instalação.

Por ser produzida com base em energia renovável a electricidade é subsidiada durante 15 anos, possibilitando uma excelente rentabilidade para as entidades proprietárias deste tipo de instalações.

A tecnologia fotovoltaica caracteriza-se por ser uma tecnologia madura (mais de 30 anos), muito previsível nas receitas anuais, excelente fiabilidade e reduzidos custos de manutenção.

Fonte: SolarOne

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Praia Energética 2013

15, 16 e 17 de Agosto de 2013
Praia Grande, Praia das Maçãs e Praia da Adraga
9 - 13 h, 15 - 18h

A Agência Municipal de Energia de Sintra, em cooperação com a Câmara Municipal de Sintra (CMS), vai levar a efeito a Praia Energética 2013 que decorrerá nas praias do concelho nos dias 15, 16 e 17 de Agosto, das 9 às 13 horas e das 15 às 18 horas.

A Praia Energética tem como objectivo a sensibilização ambiental dos veraneantes que afluem às praias do concelho para a importância da eficiência energética no sector doméstico. Esta sensibilização será reforçada pela distribuição de materiais de divulgação da ADENE – Agência para a Energia e de brindes alusivos ao tema da eficiência energética.

Paralelamente decorrerá animação relacionada com energia, em que a energia resultante do pedalar de bicicletas é utilizada para a elaboração de batidos ou para alimentar um sistema de som de um DJ ecológico.

Estaremos presentes:
- na Praia Grande no dia 15 de Agosto
- na Praia das Maçãs no dia 16 de Agosto
- na Praia da Adraga no dia 17 de Agosto

Venha divertir-se connosco de forma sustentável e energética!!!

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Glasgow aposta na utilização das ciclovias

Ciclistas em Glasgow poderão beneficiar de "iluminação inteligente" e de um novo app que traça a melhor rota entre dois pontos, dependendo se o utilizador quer chegar lá rapidamente, com maior segurança ou evitando declives.

A tecnologia está a ser desenvolvida pelo Conselho Municipal de Glasgow como parte da iniciativa Future City, que visa proporcionar benefícios práticos para os residentes: o aumento das taxas de utilização de modos suaves de mobilidade (ciclovia e pedonal) na cidade está entre as principais metas para a redução de emissões de poluentes, melhoria da qualidade do ar e combate à obesidade.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Projecto que convida a andar de bicicleta à sexta-feira premiado em Bruxelas

O projecto Sexta de Bicicleta, lançada em Abril pela Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBi), foi um dos 18 premiados pela Comissão Europeia no âmbito da Campanha para a Mobilidade Urbana Sustentável da União Europeia. A iniciativa, que convida os portugueses a usarem a bicicleta em todas as deslocações feitas à sexta-feira, tem já mais de mil inscritos.

No caso do projecto português, “o plano é simples”, como se lê na página da iniciativa: “em cada sexta-feira de 2013, levamos a bicicleta connosco para as ruas”. Isto é, “para o trabalho, para a universidade, para as compras, para o jardim ou para o café com amigos ao fim do dia”.

O objectivo do projecto é dar um empurrão para a “pequena mudança” de hábitos de mobilidade. Para quem está a começar, a MUBi disponibiliza conselhos, como preparar a bicicleta antecipadamente e estudar vários trajectos alternativos antes de optar por um, e um Manual de Utilização Urbana de Bicicleta.

Fonte: Ecosfera

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Comissão Executiva do PNAEE aprova abertura de avisos em 2013 para o Fundo de Eficiência Energética

A Comissão Executiva do Plano Nacional de Acão para a Eficiência Energética (PNAEE) aprovou a 31 de maio de 2013 a abertura de 5 novos avisos do Fundo de Eficiência Energética (FEE) para 2013, visando apoiar projetos tecnológicos nos sectores dos Transportes, Residencial e Serviços, Indústria (incluindo Agricultura), Estado e Comportamentos.

De acordo com o Plano de Atividades do FEE aprovado pela Comissão Executiva do PNAEE, está prevista a abertura de avisos para as seguintes áreas:

Na área Transportes, e em concretização dos programas Sistema de Eficiência Energética nos Transportes e Mobilidade Urbana, com um financiamento total elegível de €350.000,00 serão lançados, respetivamente, os avisos “ Enchimento de Pneus por Nitrogénio – 2013”, destinado à aquisição de unidades de enchimento de pneumáticos com nitrogénio, e “Promoção da Mobilidade Urbana Sustentável – 2013”, destinado a apoiar “Planos de Mobilidade e Transportes (PMT)” e/ou “Planos de Mobilidade de Empresas e Polos Geradores e Atractores de Deslocações (PMEP)”.

Para a área Residencial e Serviços, e em concretização do programa Renove Casa e Escritório, com um financiamento total elegível de €355.000,00, será lançado o aviso Edifício Eficiente – 2013, destinado a promover a reabilitação de edifícios mediante o apoio à implementação de soluções de eficiência energética traduzidas em intervenções em edifícios residenciais unifamiliares e multifamiliares, como por exemplo a instalação de recuperadores de calor a biomassa, potenciando a redução dos consumos de energia em casa.

Na área Indústria, em linha com o programa Sistema de Eficiência Energética na Industria, será lançado o aviso SGCIE: Incentivo à promoção da Eficiência Energética – 2013, com uma dotação orçamentar de €350.000,00, destinado a conceder apoios para a realização de auditorias energéticas, bem como para a instalação de equipamentos e sistemas de gestão e monitorização dos consumos de energia, enquanto ferramenta de apoio à implementação de medidas de eficiência energética constantes do SGCIE.

Por fim, para a área Estado, e em concretização do programa Eficiência Energética no Estado, o aviso Sistemas de Controlo de Tráfego Eficientes – 2013, dotado de uma verba de €250.000,00, destina-se a conceder apoios a projetos que tenham como objetivo o aumento da eficiência energética da Iluminação Pública existente em Sistemas de Controlo de Tráfego.

No portal oficial fee.adene.pt serão publicados os avisos, os respetivos formulários de candidatura e também esclarecimentos na forma de FAQ’s. ​

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Ex-governantes falam sobre situação na energia

Henrique Gomes diz que o Governo está a cortar nas rendas da energia menos do que o anunciado, que o défice tarifário “está descontrolado” e que o Executivo não vai cumprir o compromisso de não aumentar os preços da energia em mais de 1,5%. O ex-secretário de Estado da Energia acusa o Governo de estar a dar números referentes a cortes nas rendas da energia que não são reais, num artigo de opinião publicado esta quinta-feira no Negócios.

“O Governo tem dito que em resultado das negociações com os produtores cortou um pouco mais que 2.000 milhões de euros. A verdade é que, retirando 400 milhões de euros relativos à Garantia de Potência, os cortes até 2020 não ultrapassarão os 900 milhões de euros. Destes, 600 milhões de euros são relativos à cogeração, 110 milhões de euros aos CMEC, 120 milhões de euros à eólica (com contrapartidas para além de 2020) e os restantes 70 milhões de euros à mini-hidrica. Os excessos não foram eliminados. O incumbente permaneceu praticamente intocado!”, acusa.


Mira Amaral: “Voltaram a abrir-se garrafas de champanhe na EDP”

Ministro do Ambiente e Energia, Moreira da Silva, representa lóbi ambiental e radicalismo do CO2, diz ex-governante. O presidente do BIC arrasa a nomeação de Jorge Moreira da Silva para o Ministério do Ambiente e da Energia. Além de discordar da junção destas duas pastas, que considera antagónicas, Mira Amaral pensa que Moreira da Silva apresentará uma política assente nas energia eólica e solar e naquilo que designa por fundamentalismo do CO2, esquecendo a política de reindustrialização e a necessidade de fazer descer o preço da energia. Quanto ao BPN, o banqueiro não assegura que o valor das indemnizações que o Estado terá de pagar por actos da gestão de Oliveira Costa se fique pelos 153 milhões de euros admitidos pela ministra das Finanças.

Fonte: ionline

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

72% de electricidade "verde" no 1º semestre

A produção total de energia eléctrica a partir de fontes renováveis atingiu níveis recorde em Portugal no primeiro semestre de 2013, chegando aos 72% (um aumento absoluto de 34% em relação aos 38% verificados no período homólogo de 2012). Além disso, observou-se ainda, ao longo dos primeiros seis meses do ano, uma redução de 25% nas emissões de CO2.

Estas são as duas conclusões de um balanço efectuado pela Quercus acerca da produção de electricidade em Portugal Continental durante aquele período com base nos dados fornecidos pela REN - Redes Energéticas Nacionais.

Em comunicado, a organização de protecção ambiental portuguesa explica que este aumento se deveu, por um lado, "à significativa potência instalada de renováveis, mas principalmente às condições climáticas verificadas, num ano que até agora tem sido mais húmido do que o normal, permitindo um maior recurso à utilização de energia hídrica, e também mais ventoso, resultado numa maior produção eólica".

Segundo os dados da REN, a produção de electricidade de origem renovável em regime especial (a PRE-FER, que representa toda a produção de energia eléctrica renovável excepto a grande hídrica) aumentou, correspondendo a 49% de toda a electricidade produzida em Portugal Continental entre Janeiro e Junho de 2013.

Fonte: BoasNotícias