quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Universitários apostam na Eficiência Energética

Cerca de 20 alunos criam projectos de investigação na área da eficiência energética, ao abrigo do programa Galp 20-20-20, em parceria com empresas e as suas universidades. Este ano foram 21 projectos, apresentados quinta-feira na sede da Galp, em Lisboa, seguindo o modelo "elevator pitch", onde estiveram também presentes representantes de start ups e de capital de risco.

Os projectos têm por base racionalizar o sistema energético das empresas onde decorre o estágio, identificar e recomendar oportunidades de melhorar o consumo de energia e, sempre que possível, criar novas ferramentas de apoio à gestão energética, desenvolvendo-se em vários sectores de actividade: desde a hotelaria, para a qual foram propostas formas mais eficientes de gerir a ocupação dos quartos tendo em conta os gastos energéticos associados, ao sector industrial, cujas propostas se prendem com melhorias no processo de produção, através da recuperação de calor ou na manutenção mais cuidada das máquinas, houve sugestões para todos os gostos. E o presidente executivo da Galp, Ferreira de Oliveira, garantiu que cerca de 30% das empresas adoptou as sugestões dos estudantes, tendo visto os seus gastos em energia descer entre 9% e 12%.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Energia solar bate eólica pela primeira vez

A capacidade instalada de energia solar irá, pela primeira, superar a da energia eólica em termos globais, de acordo com dados da Bloomberg New Energy Finance. “As fábricas fotovoltaicas irão acrescentar 36.7 gigawatts globalmente em 2013, contra 35,5 gigawatts da energia eólica – quase 25% menos do que no ano passado”, explicou a empresa de pesquisa em comunicado.

De acordo com a Bloomberg, a energia solar irá aumentar a sua capacidade em 20%, tendo em conta os números de 2012. A empresa avança ainda que estes números têm apenas em conta a energia solar fotovoltaica. Muitos locais usam aquecedores de água a energia solar e há ainda centrais solares que geram energia directamente do sol – em vez de o fazer por via fotovoltaica.

Estes dados têm como pano de fundo a contínua redução do custo da energia solar por watt e os incentivos governamentais vindos de países como o Japão ou China. Por outro lado, a energia eólica, que ainda há dois anos crescia duas vezes mais que a energia solar, tem abrandado na Europa, Estados Unidos e China. Isto deve-se, também, à falta de clareza da política energética.

Até 2030, estas duas tecnologias irão contribuir para uma nova era de electricidade global. A energia eólica deverá representar 17% da energia global em 2030 – actualmente representa 5% -, enquanto a energia solar representará 16% – hoje, este número situa-se nos 2%.

Fonte: GreenSavers

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Agência para a Energia anuncia linha de investimento para diminuir gastos no sector público


A Agência para a Energia (ADENE) anunciou que vai gerir uma linha de investimento de 36 milhões de euros, "para diminuir os gastos energéticos do sector público" na região de Lisboa e Vale do Tejo.

"Os edifícios ligados ao Estado e às autarquias, a iluminação de rua e os semáforos da região de Lisboa vão proporcionar novos negócios às empresas de serviços energéticos. O programa é financiado pelo Banco Europeu de Investimento e será gerido pela ADENE - a agência portuguesa para energia. Bastarão 3,5 anos para o investimento inicial ser recuperado", refere um comunicado hoje divulgado. A linha de investimento, à qual poderão concorrer empresas de serviços energéticos, adianta a nota, estará disponível a partir do início de 2014.

"Calcula-se que com um investimento de 36 milhões se obtenham poupanças anuais de 100 GWh, ou seja, de mais de 10 milhões de euros por ano. O investimento inicial será, assim, recuperado em cerca de três anos e meio", garante.

Fonte: Económico

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

PressEurop: “Preços elevados da eletricidade ameaçam prosperidade da Europa”


“A Europa perde cada vez mais terreno em matéria de energia em comparação com outras potências económicas”, sublinha o World Energy Outlook Special Report 2013 apresentado a 12 de novembro pela Agência Internacional de Energia (IEA).

Ao mesmo tempo que o gás muito barato permitiu a reindustrialização dos Estados Unidos, “os investidores saíram da Europa”, lamenta Der Standard. Até 2035, a produção e as exportações de produtos cuja fabricação exija muita energia aumentará muitíssimo nos países emergentes da Ásia e em menor medida também nos Estados Unidos. 

Fonte: PressEurop

POLÍTICA ENERGÉTICA: Cada um com a sua energia A Alemanha aposta nas energias verdes, a Polónia investe na extração de gás de xisto e o Reino Unido na construção de novas centrais nucleares: em matéria de energia, a corrente passa mal entre os europeus. 


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Notícias soltas #36

CO2 na atmosfera bate novo recorde em 2012 Em 2012, o nível médio de CO2 na atmosfera atingiu um novo recorde: 393 partes por milhão. O aumento entre 2011 e 2012 foi maior do que a subida média dos últimos dez anos, de acordo com a mais recente avaliação da OMM, divulgada na passada quarta-feira.

O limite de 400 partes por milhão já tinha sido ultrapassado pontualmente nalgumas estações de medição de CO2 no Árctico em 2012 e noutras partes do mundo já este ano, incluindo em Mauna Loa, no Havai — onde o dióxido de carbono é monitorizado desde a década de 1950. Os cálculos de agora da OMM levam em conta várias estações, de 50 países diferentes, de modo a se chegar a uma média anual para toda a atmosfera. É esta média que deverá ultrapassar aquela marca em 2015 ou 2016.

Desflorestação da Amazónia aumentou 28% no último ano O ritmo de destruição da Amazónia tem vindo a cair desde 2004, ano em que desapareceram quase 28 mil quilómetros quadrados da mancha florestal. Nos últimos quatro anos, a área destruída foi sempre reduzindo, de tal forma que no ano passado caiu para um mínimo histórico: 4571 quilómetros quadrados, entre Agosto de 2011 e Julho de 2012.

Nos últimos anos, a diminuição da desflorestação tinha deixado o Brasil bem visto. O país parecia estar a fazer o trabalho de casa para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. A ministra do Meio Ambiente brasileira, Izabella Teixeira, classificou esta reviravolta como "inaceitável" mas não acredita que isso vá prejudicar a imagem do Brasil em Varsóvia.

Japão recua nas metas de redução de gases poluentes O Japão anunciou que vai recuar nas metas de redução da emissão de gases com efeitos de estufa. Tem agora um objectivo muito menos ambicioso: diminuir em 3,8% as emissões em comparação com os níveis de 2005, até 2020.

A nova meta foi anunciada nesta sexta-feira pelo ministro do Ambiente japonês, Nobuteru Ishihara, em Tóquio. "Vamos estabelecer uma meta mais definitiva com base na evolução dos planos para o futuro [para a energia nuclear]", afirmou Ishihara aos jornalistas.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Associação de Energias Renováveis integra Confederação de Serviços de Portugal

A Associação de Energias Renováveis (APREN), que inclui 60 empresas que representam 87% da energia renovável em Portugal, passou a integrar a Confederação de Serviços de Portugal (CSP), divulgou esta em comunicado.

Esta adesão “veio preencher um espaço de respresentatividade dos empregadores portugueses que estava vazio, dando voz a um sector empresarial absolutamente crucial para o país em matéria de emprego, investimento e criação de riqueza”, referiu Luís Reis, presidente da CSP.

Na mesma nota, António Sá da Costa sublinha que as energias renováveis “passaram, no espaço de 25 anos, a representar um terço do consumo energético em Portugal e a tendência é para o crescimento”. Com a adesão à CSP, a Associação das Energias Renováveis “quer reforçar a voz dos seus associados, dando efectiva resposta aos problemas e desafios que as nossas empresas enfrentam, de forma a tornarem-se mais competitivas e saudáveis [e] ajudar o país a sair da crise”, adiantou.

A Confederação dos Serviços de Portugal integra 20% do Produto Interno Bruto nacional e representa mais de 220 mil postos de trabalho. 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Seminário Final Projecto IPSS-OCS

O PPEC 2011-2012 promovido pela ERSE permitiu concretizar uma iniciativa que visa realizar 33 diagnósticos energéticos em IPSS nos concelhos de Oeiras, Cascais e Sintra. O objectivo é ajudar as instituições a reduzir o seu consumo de energia, com particular atenção à utilização de energia eléctrica.

Esta iniciativa tem como promotor a OEINERGE - Agência Municipal de Energia e Ambiente de Oeiras, contando com parceiros as agências de energia de Cascais e Sintra. Cada IPSS recebe um diagnóstico energético e uma sessão de esclarecimento sobre utilização racional de energia para os seus funcionários e utentes.

  • 3 concelhos 
  • 33 diagnósticos
  • 33 sessões de esclarecimento
  • 1+1+1 comunidade eficiente
  • 1 Seminário de Apresentação dos Resultados Finais do projecto IPSS-OCS
Este seminário ocorrerá no próximo dia 21, na Biblioteca Municipal de Oeiras, cujo programa se segue:

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Projecto português de pastagens contra as alterações climáticas vence concurso europeu

O grande vencedor do concurso europeu "Um mundo que me agrada", para a melhor solução contra as alterações climáticas, é um projecto português: considerou-se que Pastagens Semeadas Biodiversas preconiza uma solução inovadora para a redução das emissões de dióxido de carbono, a erosão dos solos e os riscos de incêndios florestais, aumentando ao mesmo tempo a produtividade das pastagens.

Anunciado na passada quinta-feira à noite em Copenhaga (Dinamarca) pela Comissão Europeia, na cerimónia de entrega dos prémios Sustainia, o prémio distingue um projecto promovido pela Terraprima, empresa de serviços ambientais portuguesa, e envolve mais de 1000 agricultores portugueses. Sustentada por três projectos financiados pelo Fundo Português do Carbono, a Terraprima fez, desde 2008, contratos com estes agricultores, pagando-lhes pelos serviços de captura de carbono feita pelas pastagens biodiversas.

Estas pastagens são formadas por 20 variedades diferentes de plantas. A pastagem acaba por se adaptar ao tipo de solo onde é plantada. Os agricultores têm de comprar estas sementes e, posteriormente, têm o apoio técnico da Terraprima durante o projecto.

Além de capturarem mais carbono, estas pastagens enriquecem o solo de matéria orgânica, protegem contra a seca e são mais nutritivas para os animais que se alimentam delas, evitando que os agricultores tenham de comprar mais alimento, que normalmente  é produzido de uma forma intensiva.

Fonte: Ecosfera

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Green Project Awards distingue 19 projectos “amigos” do ambiente


Produção biológica de vinha, conservação de matos no Parque Nacional da Peneda-Gerês, valorização do bagaço de azeitona e um programa que evita a impressão de recibos – estes são apenas quatro dos 19 projectos distinguidos nesta terça-feira pelo Green Project Awards (GPA), o galardão que desde 2008 premeia iniciativas de desenvolvimento sustentável.

No que toca à categoria a que a AMES concorreu com o seu Projecto com a Junta de Freguesia de Queluz, Gestão Eficiente de Recursos, a EPAL – Empresa Portuguesa de Águas Libres venceu o prémio nesta categoria com o sistema de gestão de redes e controlo de perdas Wone, que permite actuar em antecipação, prevenindo rupturas. Ainda nesta categoria, a empresa Esporão teve uma menção honrosa com um projecto de racionalização de utilização de recursos, como a água, na Herdade do Esporão.

Os prémios foram entregues no passado dia 29 a conferência "Mobilizar Portugal para a Economia Verde", que decorreu na Fundação Champalimaud, em Lisboa. Os 19 vencedores foram escolhidos entre quase 200 candidatos. Desde 2008, as entidades promotoras dos GPA já receberam mais de mil candidaturas e premiaram mais de 50 projectos.

Fonte: Ecosfera

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Seminário "Energia para a Sustentabilidade Local"

Ocorrerá no próximo dia 29 em Palmela o Seminário "Estratégias para a Sustentabilidade Energética e Ambiental dos Territórios", pelas 14h30.

Consulte aqui o programa.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Comissão Europeia apela a participação para reduzir lixo oceânico

A quantidade de poluição nos oceanos, especialmente por plásticos, afecta negativamente a biodiversidade e saúde dos oceanos. Na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, realizada em 2012 no Rio de Janeiro (Brasil), propôs-se que a quantidade de resíduos sólidos, incluindo plásticos, nos mares e oceanos fosse reduzida até 2025.

A Comissão Europeia quer ir mais longe com o seu 7º Programa de Ambiente, proposto em 2012, e que inclui várias medidas de protecção ambiental e do seu impacto na saúde humana. Pretende, assim, estabelecer uma meta de redução do lixo marinho para todos os Estados-membros.

Neste momento, todos os interessados – indústrias de plásticos, de pescas ou de navegação, organizações não-governamentais, autoridades locais e nacionais e todos os cidadãos – são convidados a preencher um questionário em inglês, para avaliar o que pensa cada um destes grupos sobre as medidas que poderão ser tomadas. O questionário pode preeencher-se até ao próximo dia 18 de Dezembro.

Ilhas de lixo

Das cerca de 90 milhões de toneladas de plásticos usadas anualmente em todo o mundo, 10% acabam nos oceanos, formando gigantescas ilhas de lixo pela influência das correntes oceânicas. Uma das maiores ilhas de plástico está localizada no Pacífico Norte: tem três vezes a área da Península Ibérica (1,76 milhões de quilómetros quadrados) e dez metros de profundidade.

Mas isto é apenas a ponta do icebergue, porque apenas metade dos plásticos flutua, o restante está a ser acumulado no fundo dos oceanos, implicando profundas alterações no equilíbrio ecológico.

Fonte: Público