
António Sá da Costa relembra no artigo que “segundo os critérios estabelecidos para o sector, um verdadeiro mercado europeu interno da energia só funcionará devidamente se as interligações da Península à Europa forem da ordem de grandeza de 10% da potência instalada na Península, isto é 12 GW”. Contudo, diz o especialista, a interligação existente actualmente pouco passa de 1 GW.
O Presidente da APREN recorda ainda os esforços que os sucessivos governos portugueses têm feito para impor em Bruxelas um calendário vinculativo para o desenvolvimento de novas ligações entre a Península Ibérica e o resto da Europa, porém questiona o sucesso do esforço diplomático e denuncia os “poderosos lobbies das grandes eléctricas europeias [que] tentam asfixiar esta acção”. “Também no sector da electricidade existe quem não nos queira ver levantar a cabeça e tudo fará para nos contrariar”, escreve o presidente da APREN.
Recorde-se que o ministro do Ambiente e da Energia formalizou na semana passada junto da Comissão Europeia uma proposta para que os Estados-membros sejam obrigados a ter interligações de electricidade equivalentes a 25% da sua capacidade de produção, de modo a permitir um maior aproveitamento do potencial renovável de alguns países, como Portugal.
Fonte: AmbienteOnline
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