segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Emissão de gases com efeito de estufa caiu 1,2% em 2011

Portugal emitiu menos 1,2% de gases com efeito de estufa (GEE) em 2011 em relação ao ano anterior, segundo os dados mais recentes revelados nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Ainda assim, a redução foi menos acentuada do que em 2010, ano em que o decréscimo foi de 5,6%. Isto significa que a tendência de redução que se verifica desde 2005 abrandou em 2011.

Em 1990, ano que serve de referência ao Protocolo de Quioto, Portugal emitia cerca de 60 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente. Desde então, as emissões têm tido oscilações, com tendência para aumentarem, sobretudo entre 1999 e 2005. Segundo dados do Eurostat, em 2010 foram emitidos 70,6 milhões de toneladas de CO2 equivalente e em 2011 este valor caiu para cerca de 69,7 milhões de toneladas. É um “mínimo histórico” desde 1995, nota o INE.

A culpa para o abrandamento da redução em 2011 é, pelo menos em parte, da meteorologia: nesse ano choveu menos do que a média, logo a produção de electricidade nas centrais hidroeléctricas foi menor, o que levou os portugueses a aumentarem o uso de fontes de energia mais poluentes, como o carvão.

Segundo o relatório Conta das Emissões Atmosféricas, do INE, os sectores da energia, água e saneamento e da indústria foram os que mais contribuíram para o potencial de efeito de estufa em 2011, pesando 29,9% e 25,2%, respectivamente. As famílias surgem em terceiro lugar nesta lista, responsáveis por 17,6% das emissões, com tendência a aumentar este peso.

Tendência de aumento 
As emissões per capita seguem numa tendência de aumento, tal como acontece em Chipre, Malta, Eslovénia, segundo o mais recente relatório da Comissão Europeia sobre os Progressos na Realização dos Objectivos de Quioto e da Estratégia 2020 da União Europeia (UE), publicado a 9 de Outubro. Ainda assim, a quantidade de GEE emitida por cada português, cerca de seis toneladas de equivalente CO2, é inferior à média da UE de nove toneladas de equivalente CO2.

Nos 15 Estados-membros da UE que assinaram inicialmente o Protocolo de Quioto, as emissões de GEE diminuíram em 4,2% em relação a 2010, sendo 14,9% inferiores às do ano de referência. Preparam-se assim para superar o compromisso assumido para o período de 2008-2012, de reduzir em 8% as emissões.

Fonte: Público

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