quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Procura global de energia aumenta 1,6% ao ano


Até 2030 a procura global de energia continuará a aumentar a uma média de 1,6 por cento ao ano, revela o BP Energy Outlook 2030. Segundo o relatório, 93 por cento desse crescimento será atribuído a economias fora da OCDE, com a China e a Índia a serem responsáveis por mais de metade desse crescimento. Na OCDE o consumo terá crescido apenas seis por cento, e deverá mesmo cair em consumo per capita.

O petróleo, gás e carvão deverão convergir em 2030 para quotas de mercado a rondar os 26-28 por cento; já as fontes não fósseis – nuclear, hidroeléctrico e energias renováveis – terão uma parcela de 6-7 por cento. O gás natural assume-se como o combustível fóssil de mais rápido crescimento. A produção deverá crescer duas vezes mais rápido que o consumo, a uma média de 4,3 por cento ao ano, a que corresponde um crescimento da oferta na ordem dos 27 por cento para 2030.

As renováveis continuarão a ser as energias de mais rápido crescimento, crescendo a uma média de 7,6 por cento ao ano até 2030. Enquanto as economias da OCDE registam um crescimento, os países fora da OCDE aproximam-se e deverão representar 41 por cento do total em 2030.

Embora a taxa de crescimento seja moderado, as emissões de carbono deverão ainda aumentar em 26 por cento entre 2011-2030, estima o documento. Setenta por cento das emissões de CO2 deverão vir de fora da OCDE.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

PPEC 2013-2014

Foi publicada na passada semana a Portaria n.º 26/2013, que estabelece as regras e critérios de avaliação relativamente ao Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica - PPEC.

Assim, pela presente portaria, estabelecem-se regras sobre os critérios e procedimentos de avaliação, a observar na selecção e hierarquização das candidaturas apresentadas aos concursos realizados no âmbito do PPEC, prevendo-se designadamente, em paralelo com a avaliação de candidaturas, já efectuada pela ERSE, a apreciação das referidas candidaturas, pela Direcção Geral de Energia, à luz de critérios de política energética, nomeadamente relacionados com outros mecanismos e instrumentos de política energética.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

EDP duplica capacidade hidroeléctrica do Alqueva


A EDP inaugurou esta quarta-feira a segunda central hidroeléctrica do Alqueva. O investimento de 190 milhões de euros na nova central duplica a capacidade instalada para 512 MW. Alqueva transforma-se assim no 2º maior centro produtor de hidroelectricidade do País.

Alqueva II contribuirá com mais 381 GWh/ano, correspondente a cerca de quatro por cento da totalidade da energia hidroeléctrica produzida em Portugal em ano médio, o suficiente para satisfazer o conjunto dos consumos dos concelhos de Évora, Beja, Portel, Moura e Vidigueira.

Alqueva ganha, no entanto, particular relevância pela flexibilidade acrescida que traz ao sistema eléctrico. A reversibilidade dos grupos permitirá armazenar energia através de bombagem em horas de vazio, em complementaridade com a produção das centrais eólicas, maximizando a capacidade de produção disponível em horas de maior procura.

Foto: http://www.alqueva.de

Concluídos os reforços de potência de Bemposta, Picote, e agora Alqueva, o Grupo tem actualmente em construção cinco novos projectos hidroeléctricos em Portugal: Ribeiradio, Baixo Sabor, Venda Nova III, Salamonde II e Foz Tua.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Governo lança apoio à gestão de eficiência energética de edifícios


O Fundo de Apoio à Inovação (FAI), cujo Aviso foi publicado na terça-feira, vai apoiar Projectos de Demonstração de Contratos de Gestão de Eficiência Energética em edifícios. Numa primeira fase serão escolhidos três edifícios, um por cada uma das tipologias cobertas pelo concurso: escritórios, unidades privadas de saúde com internamento ou recobro e serviços hoteleiros, escolhidos essencialmente pelo seu potencial de poupança. Poderão concorrer a esta fase todas as entidades privadas, ou cujo capital social seja maioritariamente detido por entidades privadas, proprietárias de um edifício que preencha os critérios do aviso.

Na segunda fase, será seleccionada para gerir cada um dos edifícios a Empresa de Serviços Energéticos (ESE) que tenha efectuado a proposta mais qualificada para a tipologia em causa. A esta altura existem 18 ESE qualificadas pela Direcção Geral de Energia e Geologia ao abrigo do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços Energéticos. 


O Fundo de Apoio à Inovação apoia projectos nas áreas das energias renováveis e eficiência energética, promovendo a inovação, o desenvolvimento tecnológico e o reforço do tecido empresarial nacional.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Projecto “Cloogy Kit Home” – 1ª Fase


A Agência Municipal de Energia de Sintra desenvolve, em parceria com a ADENE – Agência para a Energia, o Projecto “Cloogy Kit Home”, na sequência do estabelecimento de Protocolo no passado dia 27 de Fevereiro. 

Neste contexto, a AMES distribuiu, numa primeira fase, cerca de 40% dos kits Cloogy Home de que dispõe pelas famílias residentes no município de Sintra que se inscreveram no Projecto. Assim, a distribuição geográfica desta primeira fase é dominada por Mira Sintra (18%), Belas (15%) e Algueirão-Mem Martins (13%):

De assinalar a ausência, para já, de representação das freguesias de Montelavar, São João das Lampas e Almargem do Bispo, o que se poderá justificar pela forte componente rural dos mesmos, sendo este tipo de equipamento mais direccionado para utilizadores urbanos.

Quanto à tipologia da habitação, dominam o T3 (43%) e o T2 (38%):


Recorde-se que este Projecto não tem custos associados para as famílias que dele beneficiarem, prevendo-se o acompanhamento dos consumos energéticos durante um ano, com vista ao estabelecimento de um caso de estudo de diminuição na factura energética, e que as condições necessárias para adesão ao mesmo são:
Abastecimento eléctrico da habitação em baixa tensão, com potência até 13,8 kVA;
Quadro monofásico;
Ligação fixa à internet e um router wireless (o sistema Cloogy não suporta internet 3G por banda móvel) na residência; 

As colaborações que serão solicitadas às famílias são:
Autorizar o acesso dos técnicos do projecto aos dados recolhidos pelo equipamento, permitindo a sua análise confidencial para estabelecimento dos resultados do projecto;
Fornecer as facturas de consumo de electricidade da fracção em questão relativas aos 12 meses anteriores à implementação do Cloogy;
Assegurar a permanência do contador inteligente, ligado ao contador eléctrico e em pleno funcionamento, durante pelo menos 1 ano a contar da data da instalação;
Colaboração com a equipa do projecto através do preenchimento de questionários de feedback e da execução de tarefas, de carácter voluntário, para a redução de consumos eléctricos e avaliação do projecto.

Se residir em Sintra, verificar as condições necessárias e tiver interesse em participar, inscreva-se através do email geral@ames.pt com a seguinte informação:
Nome
Freguesia de residência
Contacto (telef./telem.)
Tipo de residência (moradia/apartamento)
Tipologia de habitação (T1/T2…)
Potência contratada (menor que 13,8 kVA)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Notícias Soltas #32

Ambientalistas defendem biocombustíveis de 2ª geração A União Europeia pode substituir os combustíveis fósseis (gasolina e gasóleo convencionais) por energias renováveis no sector dos transportes sem o recurso a biocombustíveis de primeira geração, conclui o estudo “Sustainable Alternatives for Land-Based Biofuels in the European Union”, elaborado pelo instituto de investigação holandês CE Delft para as organizações não governamentais de ambiente europeias Greenpeace, BirdLife Europe, European Environmental Bureau (EEB) e Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E).



Consumo de carvão cresce 35% em Novembro O consumo de carvão continua a subir: segundo o último relatório estatístico dos combustíveis, publicado esta terça-feira pela Direcção Geral de Energia e Geologia, Novembro de 2012 registou um crescimento de 35,4 por cento, comparativamente ao período homólogo anterior, uma tendência que se vem a verificar desde Junho de 2011. A utilização de carvão para a produção de energia eléctrica cresceu 35,8 por cento.


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Universidade do Algarve desenvolve tecnologia para produzir biocombustível a partir de alfarroba


A Universidade do Algarve (UAlg) está a desenvolver uma tecnologia de fermentação para produzir bioetanol de segunda geração, biocombustível aditivado à gasolina, a partir de polpa de alfarroba.

Segundo a coordenadora do projecto “Alfaetílico”, Emília Costa, a polpa de alfarroba é uma excelente matéria-prima para a produção de bioetanol, (normalmente designado de álcool etílico), já que existe em Portugal, é barata, muito rica em açúcares e extraída com poucos gastos de energia.


Foto: VASCO CÉLIO

“O processo de fermentação é mais fácil e evita-se recorrer aos cereais, que são bens alimentares”, frisou a investigadora, adiantando que noutros países como o Brasil ou os Estados Unidos aquele biocombustível é obtido a partir do trigo, milho ou cana de açúcar.

O projecto “Alfaetílico” está em curso há três anos, e em Dezembro foram apresentados os primeiros resultados. O próximo passo é patentear o processo, já que a parte de investigação está concluída.

A fermentação alcoólica é realizada por uma estirpe autóctone da levedura, que foi isolada pela equipa de investigação da Universidade do Algarve.

Fonte: Público

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Financiamento até 50% para Sistemas Solares Térmicos e Vãos Envidraçados Eficientes


A ADENE – Agência para a Energia publicou recentemente o Aviso 3 do Fundo de Eficiência Energética, que permite subsidiar até 50% a instalação de sistemas solares térmicos e vãos envidraçados eficientes em edifícios de habitação (mercado residencial). 

As candidaturas deverão ser submetidas, numa primeira fase, até às 18h de 4 de Fevereiro de 2013, sendo susceptíveis de financiamento as operações que correspondam à instalação de sistemas solares térmicos e/ou caixilharia eficiente, estando limitado o montante de comparticipação a € 1.500 e/ou € 1.250, por fracção, respectivamente.

A fracção deverá possuir um Certificado Energético emitido até 21 de Setembro de 2012, no qual estejam identificadas as soluções de eficiência energética em causa. Caso não tenha o respectivo documento, deverá ser emitido um CE provisório, com conclusão e emissão definitiva após a instalação.

As candidaturas devem ser submetidas através do portal http://fee.adene.pt/.

Mais informação em http://fee.adene.pt/avisos/Paginas/Aviso-03-Edifício-Eficiente-2012.aspx e nas FAQ.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Directiva para o Desempenho Energético nos Edifícios (EPBD): Portugal entre os oito incumpridores


Os Estados-membros tinham até anteontem, 9 de Janeiro, para a aplicação das medidas previstas pela revisão da Directiva para o Desempenho Energético nos Edifícios (EPBD). No entanto, até aqui, apenas oito países declararam a transposição completa da Directiva, referiu à "Edifícios e Energia" Robert Nuij, responsável na Direcção Geral de Energia da Comissão Europeia pela transposição da EPBD. "9 de Janeiro é o prazo para a aplicação de muitos dos artigos, o que significa que estas disposições devem tornar-se operacionais", explica.

Entre os oito países que completaram esta tarefa estão o Chipre, Dinamarca, Hungria, Irlanda, Lituânia, Malta, República Checa e Suécia. "Outros oito, entre estes Portugal, não declararam ainda quaisquer medidas de transposição", referiu o responsável. Para estes últimos, a Comissão Europeia já avançou com procedimentos de infracção. Em Portugal, a transposição da Directiva vai acontecer com a aprovação da nova Regulamentação Térmica, actualmente em preparação.

Recorde-se que o prazo previsto para a transposição completa da revisão da EPBD era 9 de Julho de 2012. Numa visita em finais de Outubro a Portugal, e apesar de o país não ter ainda transposto a Directiva, Robert Nuij elogiou o trabalho feito até aqui, nomeadamente com a forma como foi implementada a primeira EPBD, e apelou para que Portugal continuasse no "mesmo caminho que tem percorrido".


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Fabricantes europeus preocupados com o futuro do carro eléctrico


A crise económica e a falta de harmonização entre os sistemas de recarga das baterias levam a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis a prever que a venda de carros eléctricos represente uma fatia de apenas 2% a 8% do mercado automóvel na próxima década.

“A mobilidade eléctrica pode ser parte de uma solução de longo prazo para os nossos desafios de mobilidade. No entanto, precisamos das condições certas para que de facto avance”, refere o secretário-geral da associação, Ivan Hodac, citado num comunicado da organização.
Foto: FERNANDO VELUDO/NFACTOS

A associação refere a necessidade de se harmonizarem as conexões dos automóveis à rede eléctrica, criando um sistema único que facilite que os carros possam ser ligados às fichas de electricidade em qualquer lado.

“Nas actuais condições, é improvável que todo o potencial [dos carros eléctricos] seja aproveitado”, alerta a associação.

A consultora Pike Research pinta um quadro mais promissor para o carro eléctrico a nível mundial. As vendas, que foram de 120.000 automóveis em 2012, deverão chegar a 3,8 milhões em 2020, segundo um estudo divulgado no princípio de Janeiro.

Fonte: Ecosfera

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Produção de electricidade em 2012: Mais eólica, menos renováveis, mais emissões


A APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis e a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, fazem um balanço conjunto da produção de electricidade em Portugal Continental em 2012, com base nos dados da REN – Redes Energéticas Nacionais.

A produção total de energia eléctrica a partir de fontes renováveis baixou 18% em relação a 2011. As renováveis foram responsáveis por 38% do total da produção de electricidade em Portugal continental no ano de 2012, quando em 2011 este valor tinha sido 46%. Este resultado é consequência directa da menor produção da grande hídrica. Porém, aplicando a correcção da hidraulicidade, que retira o efeito da variabilidade entre anos secos e húmidos, em 2012 a percentagem de renováveis na produção de electricidade passa para 52%, o que representa um aumento face aos 47% registados em 2011.

No entanto, a produção da electricidade de origem renovável em regime especial (a PRE-FER, ou seja, toda a renovável excepto a grande hídrica) aumentou em relação a 2011, tendo sido responsável por 27% de toda a electricidade produzida em Portugal Continental em 2012, comparativamente aos 25% de 2011. Este aumento deve-se sobretudo à energia eólica, que garantiu 20% da produção eléctrica e aumentou 11% em relação a 2011. Ou seja, em cada hora de consumo de electricidade em 2012, dezasseis minutos tiveram origem nestas centrais renováveis (PRE-FER), dos quais doze minutos foram produzidos pela energia eólica.

A electricidade de origem fóssil ainda foi a principal forma de produção de electricidade  com o carvão a representar a maior fatia, correspondente a 24% da produção, ou seja, um aumento de 33% face a 2011, em detrimento do gás natural que diminuiu 45%.


Fonte: Naturlink